Dicas de Alimentação para Redução dos Sintomas do Jet Lag em Atletas

Na maioria das modalidades esportivas, as competições oficiais e de maior importância acontecem em diferentes partes do mundo, fazendo com que os atletas de nível internacional realizem viagens intercontinentais com modificação de fuso horário. Essa modificação pode prejudicar a busca de bons resultados, devido à Síndrome de Mudança de Fuso Horário.

Essa síndrome, também conhecida como jet lag, trata-se de uma dessincronização do ritmo circadiano induzida por viagens que determinem uma mudança súbita do ciclo sono-vigília e de outros ritmos fisiológicos. Estes ritmos abruptamente deixam de estar em sincronia com o “novo dia”.

Nesse caso, o relógio biológico dos atletas estão sincronizados com o local da partida, que não coincide com o local da chegada, devido a troca de fuso horário e ao tempo da viagem.

Quando a viagem é feita ao longo de dias, como por exemplo de carro ou navio, o organismo tem tempo de se adaptar, e o faz muito bem. Por meio de transporte aéreo, no entanto, pode-se cruzar fusos horários mais rapidamente, e dessa forma o jet lag passou a se tornar um problema.

Os principais sintomas apresentados são fadiga, sonolência diurna e insônia noturna, o que promove redução da performance física e mental, prejudicando a concentração, resistência e movimentos precisos. Alguns sintomas gastro-intestinais como redução do apetite, dificuldade de digestão e náuseas também são bastante comuns.

Uma alimentação adequada nesta fase do atleta, pode contribuir para a redução destes sintomas. Para facilitar esta adaptação, é importante que se faça um Planejamento alimentar da viagem, onde se deve considerar o horário real da chegada e principalmente deve se atentar a adaptação dos hábitos alimentares comuns dos atletas ao local de destino.

É importante que a alimentação durante o período de permanência no local da viagem seja bem próxima do que já é comum aos atletas, o que minimiza a necessidade do organismo em se adaptar a digestão de alimentos incomuns e reduz o estresse da viagem, garantindo melhor digestibilidade, aceitação, saciedade e manutenção da condição física dos atletas.

Evidências científicas têm sugerido que as pessoas que viajam para um fuso horário diferente deveriam adotar o horário das refeições do novo local para ajudar a combater o jet-lag, podendo essa troca acontecer dois dias antes da viagem ou, no máximo, a partir do horário do embarque. Se uma companhia aérea oferece uma refeição em horário habitual do local que vai se deixar, é sugerido que não se consuma a refeição e que se opte por treinar o organismo a adotar o horário do seu local de destino, para que a adaptação ocorra mais rapidamente.

Até o momento, não existem recomendações específicas na literatura de nutrientes que possam diminuir os efeitos do jet lag, e mais estudos são necessários para se esclarecer tais questões.

Referências:

Reynolds NC Jr, Montgomery R. Using the Argonne diet in jet lag prevention: deployment of troops across nine time zones. Mil Med. 2002 Jun;167(6):451-3.

Reilly T, Atkinson G, Waterhouse J. Travel fatigue and jet-lag.
J Sports Sci. 1997 Jun;15(3):365-9.

Winget CM, DeRoshia CW, Holley DC. Circadian rhythms and athletic performance. Med Sci Sports Exerc. 1985 Oct;17(5):498-516. Review.

Site da internet: http://www.seniorsite.com.br/jetlag.htm. Acesso em 12/01/2006

Amaral, R. Dados actuais sobre a influência do síndroma de mudança de fuso horário (jet lag) na performance em futebol. Revista Digital – Buenos Aires – Año 9 – N° 63 – Agosto de 2003
Fonte: http://www.rgnutri.com.br/

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