Desnutrição ou, mais corretamente, as deficiências nutricionais, são doenças que decorrem da ingestão insuficiente de energia e de nutrientes ou ainda do mau aproveitamento biológico dos alimentos ingeridos, e podem ser perfeitamente diagnosticadas por meio de exames laboratoriais.
DETERMINANTES DA DESNUTRIÇÃO
Determinantes socioeconômicos
Determinantes reprodutivos
Determinantes ambientais
Determinantes saúde/nutrição
Determinantes biológicos
Determinantes de morbidade
Determinantes psicológicos
DESNUTRIÇÃO INFANTIL
Por que as crianças constituem o grupo indicador preferencial para o estudo da desnutrição?
Prevalência de desnutrição em
menores de 5 anos (POF 2002 / 2003)
Brasil: 4,6%
- Sul, Sudeste e Centro-Oeste (áreas urbanas e rurais): 3 a 3,5%
- Nordeste e áreas urbanas do Norte: 5 a 7%
- Áreas rurais da Região Norte: 11%
- Maiores prevalências nas famílias com menores rendas e nas regiões Norte e Nordeste
- Considerável declínio no Nordeste rural e entre as crianças de famílias mais carentes
* Indicador: P/I
Principais causas da redução na prevalência de desnutrição no Brasil
- Aumento na renda per capita e redução da proporção de indivíduos abaixo da linha de pobreza extrema
- Aumento da escolaridade materna
- Aumento no acesso a serviços de saúde
- Melhoria no saneamento básico
- Aumento no intervalo interpartal e redução do tamanho das famílias
- Redução do baixo peso ao nascer
- Redução do percentual de mães desnutridas
- Aumento da frequência de amamentação
Por que essas diferenças entre Norte e Nordeste (especialmente rural) e o restante do país?
- Ganhos econômicos menos expressivos
- Progressão mais lenta da universalização da oferta de serviços públicos essenciais (saneamento, educação, assistência à saúde)
DESNUTRIÇÃO EM ADOLESCENTES
Índices utilizados
- A/I: Para diagnosticar déficit de altura
- IMC para idade (IMC Percentilar): Para diagnosticar déficit de IMC para idade (relação entre peso e altura)
Prevalências em adolescentes
(POF 2002 / 2003)
Déficit de altura para idade
- Total: 9,8%
- Meninos: 11,3%
- Meninas: 8,3%
Déficit de IMC para idade
- Total: 3,7%
- Meninos: 2,8%
- Meninas: 4,6%
* Maiores prevalências nas famílias com menores rendas
* Meninas das áreas urbanas do Sul e Sudeste
DESNUTRIÇÃO EM ADULTOS
Índices utilizados
IMC (Índice de Massa Corporal)
IMC
IMC 17,0 a 18,49 kg/m2: Desnutrição leve
IMC 16,0 a 16,99 kg/m2: Desnutrição moderada
IMC
Parâmetros da OMS para prevalência de déficit energético em adultos:
% de indivíduos com IMC
- 3 a 5%: normal
- 5 a 9%: leve
- 10 a 19%: moderada
- 20 a 39%: alta
- ³ 40%: muito alta
Alguns números da desnutrição no mundo
- Mais de 500 milhões de pessoas se apresentam cronicamente desnutridas no mundo
- Costa Rica e Cuba: 5% a 6%
- Haiti: 19%
- Etiópia: 38%
- Índia: 49%
Alguns números da desnutrição em adultos no Brasil
- Total: 4,0%
- Sexo masculino: 2,8%
- Sexo feminino: 5,2%
* Prevalências variáveis de acordo com idade
* Maiores prevalências em famílias de menor renda
* Mulheres jovens das áreas urbanas do Sul e Sudeste
Por que a desnutrição diminui na população adulta brasileira?
- Redução da proporção de famílias brasileiras muito pobres
- Mudanças no consumo alimentar da população
(substituição de produtos de origem vegetal por produtos de origem animal e substituição de carboidratos por lipídios)
- Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), iniciado em 1977
- Expansão na cobertura de serviços de saúde e saneamento
- Tendência de evolução do gasto energético dos indivíduos (tendência decrescente)